A queda é um dos acidentes mais comuns entre os idosos e pode resultar em lesões graves. Por isso, é importante conhecer as medidas preventivas e saber como agir caso ocorra.
Queda em idosos é o acidente doméstico mais comum
A queda em idosos é mais comum do que imaginamos e traz grandes problemas físicos e emocionais para quem sofre esse tipo de acidente. Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, estima-se que 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas anualmente.
Recentemente, um estudo do ELSI-Brasil realizado em idosos urbanos, revelou que 25% deles sofreram quedas. Fatores como idade acima de 75 anos, medo de cair devido a defeitos nas calçadas, medo de atravessar a rua, artrite, reumatismo, diabete e depressão estão associados a essas quedas.
Segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, cerca de 40% dos idosos com 80 anos ou mais caem todos os anos com uma frequência ainda maior entre os residentes em instituições de longa permanência.
Como evitar a queda em idosos?
Será que é possível evitar a queda nos idosos?
Prevenir as quedas em idosos é um desafio complexo, mas há várias medidas que podem reduzir significativamente o risco. Embora não seja possível evitar completamente as quedas, especialmente em idosos com condições médicas específicas, algumas estratégias e mudanças no ambiente podem ajudar.
Dentre as estratégias, destacam-se cuidar do ambiente da casa fazendo o possível para torná-la segura e acessível para os idosos, incluindo a remoção dos obstáculos e a instalação de barras de proteção nas áreas de maior risco.
Além disso, é preciso reforçar que a casa deve ser bem iluminada, especialmente nos corredores e escadas. Por último, é importante que o familiar idoso mantenha-se ativo praticando atividades físicas, isso fortalece os músculos e evita que quedas ocorram.
Mantenha a casa segura
A casa do idoso precisa ser segura. Com o avançar da idade, alguns detalhes simples em casa podem fazer toda a diferença no cotidiano da pessoa idosa, principalmente com relação aos tipos de móveis escolhidos, bem como a altura que eles estão.
Sendo assim, é importante definir um local certo para os móveis, ou seja, eles não devem estar no meio do caminho ou ter quinas muito pontudas. Esses cuidados ajudam na mobilidade e evitam acidentes mais graves.
Além disso, é importante que os itens de cozinha, roupas e louças estejam sempre ao alcance do idoso, evitando que ele precise subir em escadas ou em banquinhos para alcançar esses objetos.
Remova obstáculos
A família deve fazer uma análise criteriosa na casa do idoso e remover qualquer móvel, tapete ou objeto que esteja no meio do caminho ou que possa causar algum acidente.
Dessa maneira, pode não ser uma boa ideia ter vasos de plantas com folhas muito largas que dificultem a mobilidade e visão em corredores ou escadas, por exemplo.
Além disso, dependendo do tamanho da casa, a mesa de centro da sala e os aparadores também precisam ser cuidadosamente analisados para garantir que eles não estejam atrapalhando a circulação do ambiente.
Instale barras de apoio
As barras de proteção precisam ser consideradas um item de segurança obrigatório na casa do idoso.
Elas devem ser instaladas nas áreas de maior risco como corredores, escadas e nos banheiros para trazer mais apoio e segurança quando eles estiverem fazendo as suas tarefas diárias.
É importante lembrar que a instalação das barras de proteção deve estar em harmonia com a norma da ABNT NBR-9050, que traz orientações sobre o material e altura que essas barras precisam ser instaladas.
Iluminação adequada
A boa iluminação nos ambientes internos é fundamental para evitar problemas de fadiga visual causada pelo esforço maior da visão, o que pode gerar dores de cabeça e outros problemas.
Para a casa do idoso, a iluminação desempenha também um papel fundamental garantindo a segurança do espaço, uma vez que ambientes claros, limpos e bem arrumados podem prevenir acidentes domésticos como as quedas.
Exercite-se regularmente
Os exercícios físicos são fundamentais em qualquer fase da vida, mas durante a velhice eles são fundamentais para fortalecer a musculatura, aumentar a flexibilidade e evitar que os músculos fiquem atrofiados.
A prática regular de exercícios também melhora a saúde do coração, eliminando o excesso de colesterol ruim das artérias, regula a pressão arterial, ajuda a controlar a diabetes e evita o sedentarismo.
Os exercícios físicos promovem oportunidades de interação social, auxiliando os idosos a lidar melhor com a ansiedade, estresse e depressão.
Verifique a medicação
Um dos motivos que contribui muito para as quedas em idosos, além das questões relacionadas à idade avançada e às doenças, e a medicação que ele está tomando.
Alguns componentes dos remédios podem causar tontura, desequilíbrio e sensação de vertigem. Esses efeitos colaterais precisam ser discutidos com o médico para avaliar a possibilidade de trocar de medicamento ou mudar a dosagem e horário.
No entanto, é importante lembrar que nenhuma medicação pode ser suspensa, alterada a dosagem ou substituída por outra similar sem a autorização do médico.
Como agir em caso de queda em idoso?
Infelizmente, apesar de todos os esforços, adaptações no ambiente e até mudanças no medicamento, a queda pode acontecer.
Muitos familiares ficam desesperados quando isso acontece. É normal ficar preocupado, afinal, entendemos os riscos associados às quedas, mas é preciso agir rapidamente e com calma, avaliando a situação e tranquilizando, principalmente, o idoso.
Mantenha a calma e avalie a situação
O primeiro passo é manter a calma. Por mais difícil que seja a situação, é importante que a família não deixe transparecer a sua preocupação para o idoso.
Quando estamos agitados, sem querer, acabamos deixando o nosso parente mais estressado, amedrontado e ansioso, por isso, é preciso manter a calma nesse momento para também conseguir tranquilizá-lo.
Em seguida, é preciso avaliar a situação, verificando se há algum ferimento aparente, se ele consegue se mexer e se está consciente. Além disso, é importante perguntar se o idoso bateu a cabeça durante a queda, se está sentindo sonolência ou algum incômodo nesta região.
Dependendo das respostas e dessa análise preliminar, talvez seja necessário levar o idoso ao hospital ou acionar os serviços de emergência em casos mais graves que ele não consiga se mexer ou se estiver inconsciente.
Avalie lesões
Todas as lesões após a queda precisam ser avaliadas. É necessário que o familiar faça uma avaliação superficial da situação, verificando se há ferimentos graves na cabeça, pescoço ou coluna.
Caso perceba que uma dessas regiões foi afetada pela queda, o melhor a se fazer é chamar a ambulância para garantir que o seu familiar tenha a ajuda especializada naquele momento, evitando que as sequelas da queda se agravem.
Evite movimentos bruscos
Quando o idoso estiver caído no chão, evite movê-lo. Avaliar calmamente a condição do idoso, verificando se está consciente e se queixa de dor.
Caso haja suspeita de lesão grave, como uma fratura, por exemplo, é fundamental não tentar movê-lo para não piorar a gravidade da lesão. Nesse caso, o ideal é chamar o socorro médico.
Durante todo o processo, é indispensável manter uma comunicação tranquila com o idoso, explicando o que está acontecendo e garantindo-lhe que ele está sendo cuidado.
Ajude o idoso a se levantar
Se você concluir que o idoso tem condição de se levantar e que não houve nenhuma lesão grave, você pode ajudá-lo a fazer isso.
É importante ter bastante cuidado e paciência nesse processo. Ofereça apoio para que ele possa se levantar lentamente, utilizando móveis ou barras de apoio se necessário.
Por fim, lembre-se de que cada caso é único e, em situações de queda grave ou suspeita de lesão, é fundamental buscar ajuda médica imediata e seguir as orientações profissionais.
Busque assistência médica
Inevitavelmente, as quedas vão acontecer, com mais ou menos frequência, dependendo da idade, das condições de saúde e até mesmo dos medicamentos que ele utiliza.
Pensando nisso, é importante que a família invista em soluções de teleassistência, como o botão de emergência, por exemplo, principalmente se o idoso mora sozinho ou passa uma grande parte do dia ou da noite desacompanhado.
O botão de emergência não impede que a queda ou acidente aconteça, mas permite que o idoso consiga pedir ajuda de uma forma muito simples e rápida, apenas pressionando o botão.
Após ser pressionado, em até 60 segundos, um profissional entrará em contato com ele para avaliar a situação e ligar para os responsáveis previamente cadastrados.
Além disso, alguns botões de emergência, como os da TeleHelp, são equipados com sensor de desmaio, ou seja, para idosos que possuem uma grande recorrência de desmaio ou são mais propensos a ter esses episódios, esse tipo de botão é o ideal.
O sensor consegue detectar quedas abruptas e notificar a central de atendimento sem que haja a necessidade de pressionar o botão.
Portanto, unir as mudanças do ambiente, tornando a casa mais segura, fazer exames de rotina, cuidar da alimentação e incluir as soluções de teleassistência é uma maneira eficaz de prevenir as quedas e oferecer uma solução rápida para pedir ajuda quando elas acontecerem.
Dessa forma, tanto o idoso quanto a família podem se sentir protegidos e seguros, sabendo que sempre que houver uma emergência ou queda, basta apertar o botão para receber atendimento.